artigo publicado no Personare autora Simone Kobayashi
A respiração é uma das mais básicas funções do corpo. Mas ela não precisa ser automática. Os pranayamas são exercícios respiratórios que podem nos ajudar a colocar mais consciência e equilíbrio na respiração, nos ajuda a estar no momento presente e entrar em equilíbrio com o Todo. Para isso, precisamos conhecer um pouco mais dessa função que fazemos sem nem perceber. RESPIRAÇÃO ABDOMINAL OU DO DIAFRAGMA Para facilitar, deite-se de costas com o corpo inteiro relaxado, coloque a mão direita sobre o abdômen e a esquerda sobre o centro do peito. Observe a sua respiração natural e aos poucos, perceba e faça com que o seu abdômen expanda para cima na inspiração e se recolha na expiração. Perceba essa respiração de forma natural e sem esforço. É preciso se descondicionar de uma maneira de respirar para aprender outra. Com o tempo de prática, a respiração ficará mais natural e espontânea. Além de trazer diversos benefícios. RESPIRAÇÃO TORÁCICA OU INTERCOSTAL Deitado de costas ou em uma posição de meditação, passe a observar sua respiração natural por algum tempo, procurando manter o corpo estável na postura. Deixe de fazer a respiração anterior, abdominal, e comece a inspirar através de uma suave expansão da caixa torácica, verá que as costelas expandem. Percebe o movimento das costelas expandindo e recolhendo. Respire com consciência pelas costelas, relaxando bem o peito e sem utilizar o abdômen na respiração. Perceba a respiração fluir e mantenha-se consciente de todo o corpo.Permaneça assim por algumas respirações, depois desfaça lentamente. RESPIRAÇÃO CLAVICULAR Deite-se e relaxe completamente o corpo. Perceba a respiração natural por algum tempo. Comece com a respiração torácica por alguns segundos. Então quando o tórax estiver completamente expandido, inspire um pouco mais, até que essa expansão seja sentida na parte superior do peito, percebendo as clavículas se moverem sutilmente. Procure evitar qualquer tensão no pescoço ou nos ombros e ao exalar, sinta as clavículas se moverem para baixo e depois perceba a caixa torácica completamente relaxada. Permaneça respirando dessa maneira por um período. Relaxe qualquer tensão ou esforço durante a respiração. RESPIRAÇÃO COMPLETA A respiração completa é a junção das três respirações. Sente-se em uma postura de meditação ou deite-se, mantendo o corpo estável e relaxado.
Inspire suave e profundamente e sinta o abdômen expandir lentamente, ao final da expansão do abdômen, sinta as costelas expandirem para os lados suavemente e sem esforço.
Quando as costelas e parte do tórax deixarem de expandir, sinta a elevação sutil das clavículas e da parte alta do peito.
Depois da inalação completa, pode reter a respiração por alguns momentos para iniciar o movimento contrário.
Sinta a expiração começar de cima, retornando as clavículas à posição anterior, relaxando o tórax e a parte alta das costas, depois as costelas retornando à posição e por último, o abdômen.
O movimento ideal é sem esforço, um fluxo, mas considere que é também o resultado de treino e aos poucos a respiração completa fica mais natural e fluida.
A sugestão é treinar e perceber cada um desses processos com a atenção focada na respiração, e voltar a ela todas as vezes que um pensamento surgir. Comece com 5 minutos todos os dias.
Dessa forma, já é possível perceber diferença sutil na consciência, percepção, equilíbrio e tranquilidade que vão tornando mais constantes no dia a dia.
Comments